A água potável é indispensável à vida e à saúde humana. Ela
passou a constar como prioridade entre os direitos da população, desde que foi
comprovada a proliferação de doenças através da ingestão do líquido
contaminado. Esse é um dos motivos que a água deve ser considerada um dos mais
importantes patrimônios da humanidade. Estima-se que o Brasil seja detentor de
8 a 16% da água doce (superficial e subterrânea) no planeta. Apesar de uma
distribuição desigual, a situação nacional é privilegiada em relação à maioria
dos países.
Mato Grosso, apesar de ser considerado um Estado berço das
águas, existe a necessidade de uma gestão pública, que zele pela conservação
quantitativa e qualitativa das águas e pela racionalidade dos usos e seu justo
compartilhamento. Esse tem sido o grande desafio dos cientistas que integram o
Centro de Pesquisa do Pantanal. “Precisamos garantir o acesso universal, mas
para isso, precisamos as fontes naturais”, observa a professora doutora em
ecologia da vegetação de áreas úmidas, Cátia Nunes da Cunha. Nesse mês, a Arsec – Agência Municipal de
Regulação de Serviços Públicos, divulgou que 65% da água tratada em Cuiabá não
é usada pela população devido o desperdício. Talvez esse o motivado do milhares
de registro de reclamação de falta d´água. O estudo apontou também que a
qualidade da água que chega até os moradores está abaixo do esperado.
Nessa quarta-feira, dia 30, às 9 horas, representantes dos
Poderes Públicos do Executivo e Legislativo Municipal, Ministério Público
Estadual, CAB Cuiabá, e Cientistas do Centro de Pesquisa do Pantanal,
participam da audiência pública ‘Dia Mundial das Águas – Áreas Úmidas, a
conservação pode garantir água potável no futuro, promovida pela Câmara
Municipal de Cuiabá. A proposta é discutir o nosso potencial hídrico, os
principais desafios da Concessionária de Água e Esgoto em garantir que a água
tratada chegue em todas as casas cuiabanas, a contribuição da comunidade
científica no auxílio de informações para elaboração de políticas públicas, bem
como, quais os projetos de lei sobre
essa temática, já em andamento. “A
intensão é promover uma reflexão sobre as responsabilidade de cada um, desde as
esferas dos poderes públicos ao cidadão consciente”, afirma vereador Toninho de
Souza, ele que requereu audiência pública. O parlamentar acrescentou ainda que
a água é um bem público, por isso, é necessária uma gestão pública das águas
que contemple a proteção das nascentes urbanas, a conservação quantitativa e
qualitativa da água e o seu uso racional e justamente distribuído.
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