Gilberto Figueiredo diz que não há
equipamentos, medicamentos e nem equipes médicas disponíveis
CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo
afirmou nesta quarta-feira (24) que o colapso já instaurado no sistema de saúde
do Estado – privado e público – deve continuar pelas próximas semanas. Isso
porque, não há perspectiva de ampliação de leitos de Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) em um
curto prazo de tempo.
Conforme
boletim divulgado pela Secretária de Estado de Saúde na terça-feira (23),
apenas no Sistema Único de Saúde (SUS) a taxa de ocupação dos leitos de UTI
dedicados ao tratamento de infectados para a Covid-19 é de 87,1%. Já a taxa de
ocupação na rede privada chegou a 97%.
“A situação
é grave, gravíssima e deve piorar nos próximos dias. Você, que ainda não
acredita no vírus, saiba que a capacidade assistencial do SUS nesse momento está
colapsada, sem perspectiva de que em um curtíssimo prazo possa melhorar”,
afirmou o secretário durante uma live nas redes sociais.
De acordo com Figueiredo, a pandemia trouxe dificuldades
na aquisição de equipamentos, medicamentos e até na contratação de
profissionais necessários para que um leito de UTI funcione.
“Existe um
colapso mundial na oferta de equipamentos. Nesse momento, o colapso está nas
instalações hospitalares, de fornecimento de equipamento, de fornecimento de
medicamentos e de profissionais na área da saúde. São quatro condicionantes
importantes para o enfrentamento a qualquer pandemia no Mundo”, disse o
secretário, apontando que o Governo já realizou importações de equipamentos da
China.
Gilberto
apontou para a dificuldade do sistema de saúde conseguir contratar
profissionais para atuarem na linha de frente do combate ao coronavírus.
“Profissionais
estão sendo infectados, deixando as unidades hospitalares por pavor, medo e
angústia. Dá para entender: nenhum desses acadêmicos aprendeu na faculdade a
enfrentar isso de forma prática. Isso é uma novidade. São profissionais, pais e
mães de família. Então não vamos condená-los nesse momento. E não há
substituição capaz de fazer o provimento com a velocidade que se precisa”,
destacou.
Solução: isolamento
O
secretário defendeu que a única maneira de conter a proliferação do novo vírus
e achatar a curva de contaminação é o isolamento social.
“A
população precisa entender que as medidas não farmacológicas como isolamento
social é ainda um dos únicos mecanismos para que a gente possa conter e deixar
a contaminação ao nível da assistência hospitalar”.
Dados
obtidos na plataforma Inloco, aponta que Mato Grosso, nesta terça-feira, tem
taxa de isolamento social em 38,2%. Autoridades de saúde apontam que o ideal
seria entre 50% e 60% para a contenção da propagação do novo vírus.
Fonte: Mídia
News
Comentários
Postar um comentário